terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Devarim (Deuteronômio) 32:01 - 32:51

Esta porção semanal é uma canção, um poema ensinado ao Povo Judeu por Moshe. Ela reconta os testes e sofrimentos vividos pelo Povo Judeu no deserto, durante 40 anos. A tradição Judaica é ensinar cada criança Judia a memorizar Haazinu. Desta forma, assimilarão as lições da nossa história, especialmente a futilidade de se rebelar contra o Criador.
A porção encerra-se com Moshe a ser chamado a subir ao Monte Nevó, para ver a Terra Prometida antes de morrer e unir-se ao seu Povo (os seus antepassados). A propósito, esta é uma das alusões à vida após a morte na Torá. Moshe morreu sozinho e ninguém sabe onde foi enterrado. Portanto, “juntar-se ao seu Povo” tem um significado muito mais elevado e profundo!

Shabat Shalom, que todos tenham um ano doce, pleno de bênçãos, saúde, crescimento espiritual e material, e que sejamos todos CARIMBADOS no Livro da Vida!
Rabino Kalman Packouz

YOM KIPUR = DIA DO PERDÃO

BOM DIA! Espero que tenha tido um óptimo e significativo Rosh HaShaná. Em Rosh HaShaná somos julgados e inscritos, esperançosamente, no Livro da Vida. Em Yom Kipur este julgamento é selado. Nestes dias intermediários devemos examinar os nossos actos e corrigir os erros que tenhamos feito. Precisamos de nos colocar em caminhos que nos levem a utilizar melhor o nosso tempo, para aperfeiçoarmos a nós mesmos e ao mundo como um todo!
Yom Kipur começa neste domingo ao entardecer, 1º. de outubro (Yzkor é recitado na segunda-feira, 2 de outubro) e o Sucót inicia-ne na próxima sexta-feira, dia 6 de Outubro, ao entardecer. Trago também um Pensamento da Semana antigo, mas muito pertinente para esta época do ano, onde tomamos boas decisões para o futuro.

Qual a Essência de Yom Kipur e Como o Observamos?A Torá declara: “Este será um decreto eterno para vocês: No décimo dia do sétimo mês (contando a partir do mês hebreu de Nissán) vocês devem afligir-se e não devem fazer nenhum trabalho, nem vocês nem os convertidos que estão convosco. Neste dia, ele (o Cohen Gadól, o Sumo Sacerdote) deve expiar as suas transgressões para purificá-los. Perante D’us vocês devem ser purificados (Vaikrá 16:29-30)”.
Yom Kipur, o Dia do Perdão, é o aniversário do dia em que Moshe trouxe as segundas Tábuas da Lei do Monte Sinai (as primeiras foram quebradas quando Moshe viu o povo A idolatrar um bezerro de ouro). Isto significou que o Todo-Poderoso havia perdoado o Povo de Israel por terem feito idolatria. Dali para frente, este dia foi decretado como o dia para o perdão dos nossos erros. Entretanto, isto refere-se às transgressões entre o homem e D'us. Transgressões entre o homem e o seu semelhante requerem que se corrija o erro e se peça perdão pelo prejuízo acarretado. Somente então é que pedimos desculpa a D’us por ter ofendido o nosso semelhante.
Durante as orações falamos o Vidúi, uma confissão, e Al Chét, uma lista de transgressões entre o homem e D'us e o homem e o seu semelhante. É interessante notar duas coisas: primeiro, as transgressões estão em ordem alfabética (em Hebraico). Isto torna a lista bastante abrangente, além de permitir a inclusão de qualquer transgressão que se queira na letra apropriada.
Em segundo, o Vidúi e Al Chét estão no plural. Isto ensina-nos que somos um povo ‘entrelaçado’, responsáveis uns pelos outros. Mesmo se não cometemos uma determinada ofensa, carregamos certa responsabilidade por aqueles que a fazem – especialmente se poderíamos ter evitado tal transgressão.
Em Yom Kipur lemos o Livro de Jonas (Yoná). A essência da história é que D'us aceita prontamente o arrependimento de qualquer um que deseje, sinceramente, fazer Teshuvá, voltar ao Criador e aos Caminhos da Torá.
Há cinco proibições em Yom Kipur : comer, usar calçados de couro, relacionamento conjugal, passar cremes, desodorizante, etc. no corpo e banhar-se por prazer.A essência destas proibições é causar aflição ao corpo, dando, então, prioridade à alma. Pela perspectiva Judaica, o ser humano é constituído pelo Yétser HaTóv (o desejo de fazer as coisas correctamente, que é identificado com a alma) e o Yétser HaRá (o desejo de seguir os próprios instintos, que corresponde ao corpo). O Nosso desafio na vida é ‘sincronizar’ o nosso corpo com o Yétser HaTóv. Uma analogia é feita no Talmud entre um cavalo (o corpo) e um cavaleiro (a alma). É sempre melhor o cavaleiro estar em cima do cavalo!
A tradição Judaica ensina que em Yom Kipur , o Yétser HaRá, o desejo de seguir os próprios instintos, está morto. Se, então, seguirmos os nossos instintos ou desejos, será só pelo hábito, pela rotina. Em Yom Kipur nós podemos mudar os nossos hábitos! Eis 3 perguntas para se pensar em Yom Kipur :
1) Como para Viver ou Vivo para Comer?
2) Se estou a comer para Viver, pelo que vivo?
3) O que gostaria que escrevessem no meu túmulo?

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